sexta-feira, junho 20, 2008

Um treino de BTT em estrada



Distancia: 59850 metros
Tempo: 2:44:09
Velocidade Média: 21.87 Kms/h
Velocidade Máxima: 53.95 Kms/h

(E isto com rodas 26'' de BTT.)

quinta-feira, junho 12, 2008

II Raid de Orientação do Cabo Espichel

Na ultima terça-feira (10 de Junho) participei no II Raid de Orientação do Cabo Espichel organizada pelo GDU Azoia.
Esta prova será sempre umas das minhas preferidas, porque decorre numa zona lindissima. No entanto e ao contrário da edição de 2007 em que me estreei nas actividades de orientação (Mini-Raid Pedestre com 10 Kms), desta vez fui logo para o Duatlo.
Foi um desafio dos diabos, mas quando terminei fiquei satisfeito comigo próprio por ter aguentado todas as adversidades que enfrentei.

Fui para a prova já meio marcado com uma contractura de 5 cm na coxa esquerda, devido a uma queda no treino de BTT do ultimo fim de semana e ainda levava uma queimadura solar de 2º grau no braço esquerdo e que foi o resultado de arranhões de silvas expostos ao sol durante horas).

Para completar o ramalhete de problemas, após o 2º CP, piso mal uma pedra e faço uma entorse no pé direito. Durante meia hora, mal consegui andar, quanto mais correr, no entanto acabei por ir, sofrendo é certo, mas forçado a navegar com mais calma.
Bem que a organização aconselhou o uso de perneiras, de facto na parte pedestre só uma pequena parte do percurso é que era feito em trilhos, em vários CPs, foi preciso atalhar pelo meio do mato. Devido a ter atacado mal um dos CPs (5), ficando do lado errado do vale e junto ao CP 7, decidi não ir fazer o CP 5 e decidi chegar o mais depressa possível à transição, que incluia um pouco de sombra e água e que por esta altura já era escassa. Tenho que acrescentar que nesta altura enfrentava 30ºC, quase sem água e com um pé torcido. Mal me apanhasse na bicicleta pelo menos o problema do pé era minimizado.

Finalmente e depois de subir da cota 0 até à cota 240 (Castelo) deu para hidratar e alimentar à sombra do belo parque de merendas do Castelo de Sesimbra. Finalmente, tinha-se acabado o suplicio das dores no pé. Apesar de a etapa de BTT ser uma espécie de montanha russa, em que tanto descíamos como voltávamos a subir, não tive grandes dificuldades técnicas na 2ª etapa, houve alguns percalços com caminhos que não estavam marcados no mapa e apareciam no terreno, zonas arborizadas diferentes do que estava no mapa, etc, mas num mapa militar 1:25000 é normal este tipo de situações, devido às actualizações pouco frequentes dos mesmos e como estes problemas foram comuns para todos, acho que faz parte das regras do jogo.
Por altura dos últimos 3 CPs no BTT, tinha-se acabado o combustível, sentia as pernas "vazias", meti uns andamentos amigos na bicicleta e lá cheguei ao fim.

Números e Curiosidades:
CPs : 24 (em 25)
Posição : 17º (em 25)
Distancia Pedestre : 11 Kms
Alt. Acumulada (Ped.): 460 m
Distancia Pedestre : 29 Kms
Alt. Acumulada (Ped.): 600 m
Tempo Etapa Pedestre : 03:25:00
Tempo Etapa BTT : 03:26:34
Tempo Total : 06:51:34
Energia Gasta : 5046 Kcal
% Gordura Queimada : 35 %
Agua Consumida : 4 lts
Consumida : 3 barras energéticas, 2 cubos marmelada e 2 bananas
Peso perdido : 1.5 Kg

quarta-feira, janeiro 09, 2008

Uma aventura em Idanha-a-Nova

No ultimo fim de semana a equipa da EDISOFT efectuou a sua primeira prova de EcoAventuras para a época de 2007/2008.

Esta EcoAventura que decorreu em Idanha-a-Nova tinha as seguintes etapas:

Etapa Distancia Máxima Descrição
1 6 (Kms) Orientação pedestre em estafeta
2 35 (Kms) Orientação pedestre + Rappel
3 20+12 (Kms) Canoagem e Orientação pedestre
4 72 (Kms) OriBTT (Nocturno)
5 33 (Kms) OriBTT
6 18 (Kms) Orientação pedestre + Tiro com Arco

A nossa equipa com 4 elementos tinha as seguintes competências por ordem de experiência:

- Ricardo Pereira (BTT, Orientação, Pedestre)
- Hermínio Veiga (Pedestre, Orientação, Canoagem, Rappel, BTT, Tiro c/Arco)
- Manuel Coutinho (BTT, Pedestre, Rappel, Tiro c/Arco)
- Ângela Alves (Pedestre)

A Ângela era apenas para fazer assistência, mas devido ao facto da Cláudia ter ido de férias para a Rep. Dominicana :P a Ângela substitui-a à ultima hora.

O tempo durante o fim de semana, não ajudou, tendo todas as equipas enfrentado nevoeiro, chuva miudinha (molha-tolos) associada a frio e fraca visibilidade.

Para melhorar o cenário a Ângela acordou no 1º dia com uma alergia terrível na boca, tendo um inchaço inacreditável o que a condicionou para o resto da prova.

Enquanto o resto da equipa foi fazendo a 1ª etapa, a Ângela foi à farmácia para buscar Zirtec, a ideia era ela também não fazer a 2ª (Pedestre), entrando apenas na 3ª (Canoagem). Como a Ângela tem pavor de bicicletas teria sempre que saltar a 4ª (BTT) e a 5ª (BTT), pelo que quando insistiu para fazer a 2ª (Pedestre) poupando outro elemento da equipa nós aceitámos o risco de ela ir logo na 2ª etapa.
Adicionalmente eu e o Veiga somos os que temos mais experiência de orientação, pelo que em todas as etapas um de nós dois tinha que estar sempre presente.

Na 1ª etapa (2 CPs em 3 possíveis) nada fazia prever o que se passou a seguir na 2ª etapa, a equipa teve que ser resgatada devido ao esgotamento físico da nossa colega, segundo a organização aquele medicamento é tão forte que é bastante normal a reacção de quebra que um organismo tem após a sua toma. Foi uma pena porque ao final de 1 hora já tinham 5 CPs (em 19), pelo que queimamos essa etapa e optámos por saltar a 4ª (canoagem com 13 CPs) descansando a equipa para o BTT nocturno (5 CPs em 19).



Durante a 4ª etapa aconteceu-nos uma história curiosa. Quando estávamos a marcar um dos CPs, na escuridão que nos rodeava avistei uma pequena luz oscilante, segundos depois aproximou-se um casal de meia-idade com um ar bastante desconfiado indagando-nos o que fazíamos ali. O homem munido de um cajado beirão de metro e meio, lá se acalmou com as explicações e lá fomos nós à nossa vida.

Na 5ª etapa (BTT diurno com 2 CPs em 10) o Veiga começou a ter problemas físicos num joelho que o impediam de pedalar sem dificuldades, levando a que fossemos em velocidade moderada até à chegada.

Na 6ª etapa aproveitando o facto da Ângela se sentir melhor o Veiga foi por nós ostensivamente obrigado a descansar (queria continuar, apesar das dores). Fizemos uma etapa bastante razoável (5 CPs em 10) tomando em consideração a performance das outras equipas (7/8 CPs para as 1ªs).


Como conclusão a logística pré-prova correu impecavelmente
(Thanks to Cláudia and Ângela).
O Manuel esteve excelente como estreante, fazendo todas as etapas em que a equipa entrou sem nunca resmungar com a praxe.
O Veiga foi uma mais valia, tendo transmitido calma, bom senso, confiança e experiência em momentos complicados (Pedido de regaste da equipa na 2ª etapa e capacidade de sofrimento na 4ª e 5ª etapas)
A Ângela apesar dos azares que lhe sucederam, esteve sempre disponível para sofrer pela equipa, não podendo dar mais porque era humanamente impossível.
O Ricardo esteve de folga até às 5 da tarde do 1º dia, pelo que esteve folgado nas ultimas 3 etapas (Shame on Me!).

A equipa foi além dos seus limites, tendo a humildade de encarar as adversidades de uma forma positiva e nunca baixando os braços.

A organização (ADFA/FPO) foi inexcedível prestando todo o apoio na situação que nos aconteceu na 2ª etapa, prestando toda a informação e acompanhamento da situação.
Temos também que referir a simpatia e hospitalidade das gentes de Idanha-a-Nova nomeadamente da aldeia de Relva (Sopé da aldeia histórica de Monsanto) e que nos serviram uma sopa maravilhosa acompanhada com uma Jeropiga do outro mundo.

Fotos da Prova