domingo, maio 29, 2011

A Banhada

Pois é, ontem foi o dia em que levei uma grande banhada.

Não foi uma banhada qualquer, porque não teve nada a ver com a carga de água que se abateu sobre a região de Lisboa durante a tarde, mas já explico a que se deve o título deste post.

À algum tempo que andava com vontade de fazer uma voltinha de BTT à noite, e desta vez é que era. Apareceu a oportunidade do passeio nocturno no Sobral de Monte Agraço (aqui pertinho e tudo) e não hesitei, vai de me inscrever, afinar a máquina durante a manhã, para estar tudo "au point".

A previsão meteorológica previa para o dia de ontem, aguaceiros fortes acompanhados de trovoada, mas este amigo não desanima assim, era para ir, vamos na mesma. Chegado ao local da concentração, pouco mais de 20 participantes, estranho pensei eu, mais tarde percebi que tal deve-se ter dado devido a 3 factores:
- 24 Horas BTT em Monsanto (Lisboa)
- Hora precoce de um passeio nocturno (19:00)
- Sensatez e Experiência dos inscritos desistentes

Apesar de tudo e com o tempo a ajudar, porque já não choveu mais, o passeio lá começou meia hora atrasado, os primeiros 5 kms eram prometedores, trilho aberto sem grande dificuldade, descida rápida com algumas lajes e pedra solta. Não vi lama aqui, mas quando cheguei ao alcatrão, estranhei o barulho que ia ouvindo nas escoras. Observei com mais atenção e o desviador dianteiro tinha uma camada de lama que cabia à vontade numa mão, as rodas, então passaram de tamanho 26 para 36, limpei tudo com um pauzito e lá continuei.

Prosseguimos para uma zona próxima de uma linha de água, e aí sim via-se lama, barro, terra com água e bicicleta às costas como consequência. A bicicleta não rolava empurrada à mão, nem a pedalar, nada. Vai de limpar quilos de lama dos desviadores, suspensão e quadro, uma, duas, três vezes, às tantas éramos 12 artistas armados em oleiros a mexer alegremente em barro. Depois de concluirmos que era impossível prosseguir com este passeio (nem à mão conseguíamos), esta metade dos participantes decidiu tomar o caminho de regresso ao inicio, pelo único caminho praticável (50 metros na linha do oeste e depois estrada de alcatrão)!

Pelo caminho ainda tivemos a benevolência de uma senhora na Feliteira que nos facultou uma mangueira e permitiu-nos que as transmissões metessem mudanças, que a subida até ao Sobral na mudança errada seria má ideia.

Nada a apontar em relação aos banhos e ao jantar, quanto ao abastecimentos, não tenho opinião porque nem sequer lá cheguei.
Bem, pode ser que da próxima vez os trilhos estejam cicláveis (ou não).